quinta-feira, 31 de maio de 2012

Abraços de meio-dia

Por: Priss Castro












Nesse indo e vindo sempre estamos a nos encontrar nos abraços de meio-dia para, então, sorrimos do drama que assola o amor que está pairando no ar sob a batuta de uma energia duradoura e efêmera, no tempo que não almejamos estagnar, mas que moldamos num entardecer de alegria sem pressa.

Reencontrar não é reviver uma alegria de outrora. Entretanto, é sempre o momento de dizer aquilo que nunca foi dito. Quando a voz se calou por um desejo arrebatador de infligir o prazer de ser feliz em sua plenitude diversa, pelo temor de sobrepor o que já se fazia sublime no êxtase da vivência.

Enquanto transparece a lágrima enrustida no envelope do cotidiano de repressão da própria rebeldia de se permitir ao acaso do que está por querer emergir, os olhares se procuram em outra direção na esperança de ser tragado num arrebatador e ardoroso toque de malícia inebriante.

Por fim, o momento dos sorrisos que se transportam em direção ao sublime imaginário de um novo amanhecer sem angústia pela espera de um outro abraço de meio-dia, e em tentativas de se agarrar ao fio de que tece o desejo de ficar e a esperança de sentir o ardor que inflama a alma, partimos.

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